quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Haja paciência...

Eu só queria falar uma coisinha em relação a esses ataques a nordestinos: como pode ter tanta gente ignorante no mundo? Eu nem digo que TODOS eles estão TOTALMENTE errados, mas essa forma de lidar com as coisas é, no mínimo, primitiva. Eu sei que muitos desses querem mais é aparecer, que ninguém tem intenção de "matar um nordestino afogado" realmente. Mas será que eles não vêem que esse tipo de pensamento é absurdo? Que pessoas são todas iguais, apenas as condições são diferentes? Ok, não quis dizer que todas as pessoas são iguais. O que quero dizer é que uma pessoa ruim é ruim em qualquer lugar. Uma pessoa boa é boa em qualquer lugar. Uma pessoa ignorante é ignorante em qualquer lugar. Enfim, meu ponto é que tem gente boa e trabalhadora no norte/nordeste também. Infelizmente, essas regiões não têm condições de crescer sozinhas. Elas precisam de ajuda... e não falo desses "bolsa isso", "bolsa aquilo" que o PT tem dado. Nesse ponto eu concordo com os que estão xingando a eleição de Dilma. Só que não é uma guerra entre sul/sudeste e norte/nordeste, como esses xenófobos pensam. É uma guerra de ricos x pobres. Sim, muitos muitos pobres preferem ficar em casa fazendo filho pra ganhar bolsas do governo, enquanto os "ricos" trabalham pra pagá-las. Mas esse povo acha o que? Que Serra faria melhor? Serra é dos ricos, trabalha a favor dos ricos e não acredito que ele teria algum plano eficiente pra erradicar a pobreza. Não quero defender Dilma, apenas digo que cada um vota pensando nos seus próprios problemas. Os ricos votarão em Serra porque ele ajuda os ricos. Os pobres votarão em Dilma porque ela vai ajudar os pobres. A ajuda dela pode não ser a ideal para o desenvolvimento do país, mas quem está passando fome não vai colocar a economia nacional na frente da alimentação dos próprios filhos, né?
Então antes de ficarem xingando o norte/nordeste pela eleição de Dilma, eu só queria que essas pessoas percebessem que elas também votaram em Serra por motivos próprios e que refletissem: se eles acham que só pobre e sem educação vota em Dilma e ela ganhou as eleições, o que isso significa? Que a maioria do país é pobre e sem educação. Não seria melhor concentrar essas forças pra tentar mudar o país ao invés de ficar vivendo no próprio mundinho se achando superior a quem não tem culpa das condições em que vive?
Enfim...é isso.

(Ps: Não sou nenhuma revolucionária, não luto pelo país e entendo pouco de política... tudo o que falei foi só uma opinião, só pra dizer que se é pra brigar, que briguem por algo que valha a pena p/ todos)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Isso é CALYPSOOOOOOO!

Isso foi uma crônica que eu escrevi pra uma cadeira do curso de Jornalismo, em 2008. Foi feita bem de qualquer jeito (pra variar, eu tava sem saco p/ os trabalhos da faculdade), já vi que tem errinhos, mas reflete minha opinião sincera sobre o tema e, apesar de já fazer um tempo, ainda concordo com o que escrevi... enfim, tá aí:

Bem, estou aqui para defender a existência das coisas ruins. O que seria do mundo sem as coisas ruins? Vamos falar primeiro de música: sério, alguém imagina o mundo sem funk? Sem brega? Tá certo que em casa é muito bom você pegar a música “boa” que você quiser e ouvir. Mas, numa festa, TEM que ter música ruim! Uma festa não é festa se não tiver o momento de botar a mão no joelho, dar uma abaixadinha e ir mexendo gostoso, balançando a bundinha. Festa com música boa não tem do que rir.

Dia desses fui numa festinha que começou com música até boa. Uns dances internacionais. Só que “boa” é aqueles tuntz tuntz que você fica balançando um pouquinho, de repente começa a dormir em pé e dez minutos depois olha no relógio e diz “Danou-se! Ainda ta na mesma música?!”. Uma hora depois, quando o tuntz-tuntz acabou (eu não sei quantas músicas tocaram nesse tempo, para mim foi só uma), começou a parte trash. Do nada, eu olho pro lado, e todos aqueles zumbis levemente saltitantes surgidos com o tuntz-tuntz acordaram e começaram a dançar creu. Não é incrível como todo mundo sabe pelo menos parte da coreografia?? E mesmo que não saiba, todo mundo tem um repertório de passos de funk pra sair inventando sua própria dança.

E o que seria de nós sem o brega? Nesse caso, não falo nem só pela música, mas também pelas figuras que cantam. Digo logo que é muito bom você ver alguém com aquele cabelão super loiro e cheio e poder comentar “Meu deus, o que é aquele miojo na cabeça daquela menina? Parece a Joelma do Calypso”. Gente, brega é muito ruim. Mas eu já fui em show de brega que me rendeu muitos bons momentos rindo. Sem contar as tardes de nossa televisão, né? Quando você estiver num dia ruim, ligue a TV por dois minutos no programa de Denny Oliveira. Se você não rir, você é anormal, perdão. Pode ser maldade minha, mas cabeludos de chapinha, gordinhas semi-nuas, roupas cheias de paetês e umas cinquenta pessoas com kolene no cabelo cantando “Amor de rapariga não vinga, não, não tem sentimento, não tem coração...” é algo que todo mundo deveria ver pelo menos uma vez na vida.

Para vocês terem mais uma noção de até onde vai meu gosto pelo tosco, já passei uma hora inteira numa madrugada assistindo Polishop. Duas apresentadoras fazendo suquinho com comentários do tipo “Nooossa! Laranja, beterraba, macaxeira, abacaxi, pêra... que cores bonitas! Deve estar gostosa essa mistura, né, gente? Hmmmm, uma delícia!”, enquanto outra apresentava um incrível lençol que te dá a opção de qual lado você quer usar: o liso ou o estampado!! Nossa... Polishop para mim é tosco, mas tem que ser um verdadeiro artista para fazer cara de felicidade apresentando os produtos. Eu rio...e muito.

Tá certo que o que é ruim é relativo. Mas imaginem um mundo só com as coisas consideradas boas mesmo. Um mundo onde só existissem músicas com letras bonitas; onde a gente só fosse em festas curtir um MPBzinho ao vivo; onde a gente só ligasse a TV para se informar do mundo e enriquecer nosso conhecimento. Acho que não teria graça. É por isso que digo: não sei pra vocês, mas, para mim, o tosco faz a vida valer a pena.

sábado, 28 de agosto de 2010

Começando... D:

Consegui! Resolvi começar um blog. Sempre quis fazer um e nunca tive coragem – a não ser que se leve em conta aquele que eu tinha lá por 2003, 2004, sei lá. Mas ali eu tinha uns 15 anos, ainda pensava que jornalismo me daria futuro e que era o máximo quando a internet tava BOA e baixava músicas a 4kbps - ou seja, o mundo era outro.

Hoje eu tenho 21 anos e... Ok, seis anos não me parece tanto assim. Mas agora eu passei pelo ensino médio, passei no vestibular pra jornalismo, fiz intercâmbio, tirei o aparelho dos dentes, cortei meu cabelo de baterista de banda trash, assisti e faltei muitas aulas inúteis na UFPE, terminei o curso, fiz 3 anos de japonês, conheci muitos novos amigos e me mudei de Recife pra Porto Alegre por alguém que amo. Então sim, 6 anos fizeram muita diferença na minha vida.

Enfim, acho que se poderia pensar que essa é a hora de eu começar um blog mesmo, afinal devo ter muito mais pra falar do que a adolescente tosca de 2003. Meu problema maior é “viver em contradição”, quotando minha irmã. Eu com certeza não sou a pessoa mais confiante que você vai encontrar – longe disso, na verdade! – e tenho medo de escrever coisas das quais eu venha a me arrepender depois. Mas acho que qualquer pessoa que escreve tá sujeita a isso, né? O negócio é não se importar mesmo.

Então, depois de pensar, pensar, pensar… resolvi escrever isso. Espero encontrar saco, confiança ou o que quer que me falte pra manter um blog...

Ps: Sou só eu ou é meio difícil pra viciados em MSN escrever sem colocar emoticons ou carinhas aleatórias? (Não resisti e coloquei uma no título)